Eu percorri quilômetros e me escondi no décimo primeiro andar de um prédio no centro da cidade de Florianópolis.
A geografia.
Da janela de seu quarto é possível observar o mar a sua direita, mas não tem praia, é a beira-mar, é só asfalto e calçada, é o mar que está entre o continente e a ilha, na sua frente a catedral da cidade impõe, além dos cantos do horário de missa e de ensaios e sei lá do que, duas grandes torres de arquitetura gótica, o centro é repleto de prédios históricos, acho que cerca de duzentos anos, como em toda e qualquer cidade que se prese lhe cai um certo ar de decadência, um pouco mais ao longe tem um grande morro tomado por casas, pelo menos nesse morro me parece que as casas não são tão pobres, mas tudo indica que vai se chegar, e não tarda muito, a algo próximo ao Rio, que eu não conheço, falo pelo que vejo na TV. Aqui por perto tem alguns Cafés, o que me deixa feliz, um em particular me agrada mais, um prédinho de arquitetura antiga, pequeno, portas altas, mesinhas com mosaicos coloridos, e elas te oferecem cinzeiro, é ótimo quando você entra em um lugar e se sente a vontade pra fumar.
As gentes.
Isso é um pouco mais difícil, é pouco tempo pra perceber bem as coisas. Durante a semana chamada de útil, circula muita gente lá em baixo, moro no centro nervoso, mas bom mesmo é no fim de semana quando fica silencioso e deserto, especialmente aos domingos quando todos parecem ir pras praias, dizem que tem muitas por aqui. Os manézinhos-da-ilha, ou barriga verde, tem um sotaque engraçado, quando falam rápido parece dialeto, e são simpáticos também, mas eu não sei bem, vamos ver. Tenho pouco a dizer sobre as pessoas daqui.
A Antropologia.
Fiquei assustado com a carga de leituras, mas empolgado com as discussões em sala de aula, ainda foram poucas já deu pra sacar que vai ser bem massa, o programa é um dos melhores do Brasil, minha turma, ou meu grupo de pares, pra usar um termo acadêmico é bem legal e variado, tem gente de todo canto do Brasil, além das parceiras colombianas, as conversas de corredor e no café tem sido bem agradáveis, a primeira bebedeira com parte da turma foi bem divertida e só acabou com a vinda do sol, um bom sinal. São muitos projetos e muita expectativa do por vir. É isso.
Não pretendo transformar esse blog em um diário, é a primeira e última vez que faço isso aqui, mas senti essa necessidade. Um beijo aos amigos de Londrina, queridos e inesquecíveis, um beijo especial pra meu amor, sinto falta da geografia daí, mas principalmente das gentes daí, quanto a Antropologia daqui e os novos amigos que estou fazendo, ah, isso também parece que vai se tornar inesquecível.
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