segunda-feira, março 27, 2006

pular?

Tem horas que eu gostaria de ficar assim, sem nada pensar, nem em ti, nem em mim, horas que me bastaria morrer, saltar do décimo primeiro andar ou ficar a dormir sem em nada pensar, dias como esses são pra não viver, para cultivar tristezas em músicas de sofrer, o centro é romântico e as torres canônicas me observam, ficam a me espiar pela janela que só elas podem alcançar, tão perto de deus, tão perto do mar, talvez o que reste seja mesmo me jogar, deixar essa vida de cigarros a fumar, de álcool a embriagar. O cinza escuro da noite nublada, o cinza claro esquizofrênico da fumaça a dançar, a ciência que insiste em pela mesa se espalhar, antropologia, mar, saudade, torres da igreja, céu cinza escuro, fumaça cinza claro, imagens a se compor e descompor num frasco surreal cheio de angústia e de por vir.

2 comentários:

Anônimo disse...

Se eu pudesse pular duas vezes, ou nove, eu faria.
Mas uma dá preguiça.

Gabriela Galvão disse...

Anônimo falou o que me veio e jah escrevi no meu blog.

Soh ñ sei se eh preguiça, acho que eh averssão ao definitivo.

(Ao mesmo tempo, que a morte seja morte morrida e c'est fini; morri... Aih me deparo c/ vida eterna??? Desgraça pouca eh bobagem, am?!)