Parece que ouço o barulho da pele que o sol queima, a cabeça dói e o suor umedece as roupas, sinto o gosto do sal nos lábios e o fim do caminho nunca chega, do outro lado do vale no alto do morro já avisto minha casa. O calor sobe do asfalto e desce do céu, o dia tão azul, a água do lago tão escura e as pernas já bambas.
Os olhos só param de lacrimejar quando entro em casa, a água gelada desce vitoriosa pela garganta seca, vou deixando as roupas espalhadas pelo quarto e, quando nu, deito-me no chão de madeira olhando pro teto, ali adormeço apesar de parecer derreter e escorrer entre os vãos do assoalho.
Quando acordo e me levanto percebo que no chão permanece a forma salgada de meu corpo, já no chuveiro a água gelada provoca arrepios e calafrios até que a temperatura do corpo se iguala a ela, ou seria o contrário? Por um longo tempo não me movo deixando que a água escorregue pelas costas e pela face e se vá para o esgoto levando consigo aquele pó vermelho daquele dia irritantemente amarelo.
O rastro molhado do caminho entre o banheiro e o quarto fala do descaso pela toalha, molhado, me jogo no mesmo chão empoeirado de antes, o ar denso é de difícil acesso para as narinas e para o pulmão, e assim permaneço, como um peixe fora d’água que luta para sobreviver e respirar, cansado de lutar me entrego ao café quente e ao cigarro em brasa.
Os olhos só param de lacrimejar quando entro em casa, a água gelada desce vitoriosa pela garganta seca, vou deixando as roupas espalhadas pelo quarto e, quando nu, deito-me no chão de madeira olhando pro teto, ali adormeço apesar de parecer derreter e escorrer entre os vãos do assoalho.
Quando acordo e me levanto percebo que no chão permanece a forma salgada de meu corpo, já no chuveiro a água gelada provoca arrepios e calafrios até que a temperatura do corpo se iguala a ela, ou seria o contrário? Por um longo tempo não me movo deixando que a água escorregue pelas costas e pela face e se vá para o esgoto levando consigo aquele pó vermelho daquele dia irritantemente amarelo.
O rastro molhado do caminho entre o banheiro e o quarto fala do descaso pela toalha, molhado, me jogo no mesmo chão empoeirado de antes, o ar denso é de difícil acesso para as narinas e para o pulmão, e assim permaneço, como um peixe fora d’água que luta para sobreviver e respirar, cansado de lutar me entrego ao café quente e ao cigarro em brasa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário