O vento parou de soprar e o ar é tão denso que pesa sobre minhas costas. Volto para casa e não sinto nada, nem desejo de ir nem de ficar, esse sentimento de que as coisas não mudaram. Tenho me enganado esse tempo todo? Que sentimento é esse que sempre me deixa angustiado, sempre falta algo, sempre uma ponta de frustração que me persegue. O sangue corre lento pelo corpo apático, o “pré-sentimento” de que mais uma vez vai ser quase, cansado de ser sempre quase... quase fico feliz com o que é certo, amargo, pois é, me torno cada vez mais amargo.
Os amigos estão indo embora, as faces começam a se apagar da memória, retratos que nunca foram tirados tornam distantes momentos que nuca serão esquecidos, entre nós fica a lembrança do gosto de álcool e tabaco, ainda ecoam aqueles rock’s que nuca mais serão os mesmos, acho que vou mudar o meu jeito de dançar, vou parar de ouvir aqueles discos, não quero mais cantar.
É! Eu sei que é estranho, deveria mesmo ficar feliz, não deveria não, o que me anima é ver meu bem, mas então, tenho que desfazer minha mala e sacudir a areia, ah meus amigos! Como vocês vão me fazer falta. Continuo a passos incertos escorados no vazio tateando o mundo pra ver se acho o caminho. Melodrama de quinta? Não acredito que faça diferença, de onde vem essa tristeza? Não sei, talvez seja só parte da performance.
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2 comentários:
inevitaveis mudanças, meu caro cabelo. Não há muitas opções, ou vc fica e afunda,ou muda de vez. Parabens cara, por vc ter conseguido ter opções. Agora, curitiba ou floripa...
Antes de vc ir, precisamos resolver de vez nossa disputa na sinuca, não havera misericordia.
"acho que vou mudar meu jeito de dançar"
oh!
por que? não faça isso....
:\
hehe
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