
Deleitam-se ao vento, libertas, dançam em par. A vida que esvai num lento momento procurando na morte seu eterno lugar. Jogam-se sem medo do devir, na queda suave o princípio do fim, o gozo da viagem, o orgasmo por vir. Morte a produzir encantos, no molhado asfalto sem sequer frio sentir, vão definhando espalhadas pelos cantos, o amarelo da lugar a putrefação, desprezadas em seus últimos devaneios. Sua beleza agora mórbida, me toma os pensamentos, encanto póstumo só o sinto agora. |
Um comentário:
essa escatologia me lembra muito a beleza da morte que é para os Araweté, povo tupi guarani que acha o mundo uma degenerescência e a morte o passaporte para a vida verdadeira. um araweté teria escrito isso? certamente.
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