quinta-feira, janeiro 19, 2006

sempre acaba

Sempre acaba! É o que pensa quando apanha o último cigarro do maço, e tem acabado com uma rapidez que não era muito comum. Não consegue muito bem conceber os motivos pra tamanha ansiedade que lhe acompanham nos últimos tempos, as coisas vão bem e seu mundinho tem se realizado com certo planejamento, talvez seja culpa da monotonia do planejado, ou talvez seja por culpa do por vir, que apesar de planejado traz um pouco de imprevisto, cuidado com o que deseja que pode se realizar é o que dizem por ae né. Não sabe bem o que fazer com o que lhe vem pelo seu desejo, devia se preparar melhor mas fica num esperar que o tempo se desenrole, o corpo suando numa falta de movimento e o pulmão enegrecendo num engolir de fumaça constante, o som rola enquanto olha estático, ora para a parede azul, ora para o chão de madeira, ora para o teto branco. A respiração é lenta como o movimento dos ponteiros do relógio, o ar é denso a fumaça do cigarro demora a se dissipar produzindo formas quando alcança o feixe de luz do sol que invade o quarto pela janela, os dias tem sido quentes nesse verão inerte de dias claros e intermináveis. Precisa se mexer, vez em quando, para compra cigarros, afinal: sempre acaba.

Um comentário:

Anônimo disse...

tem, razão. é o melhor da audrey. fantástico. vale à pena ser processado...